top of page
Search
Writer's pictureGiulia Pfeifer

The World is not a Desktop



Mark Weiser abre seu texto perguntando qual seria a metáfora para o computador do futuro. Sugere a inteligência artificial, a realidade virtual, o controle de voz, entre outros. Porém, nenhuma dessas metáforas parece se encaixar em seu ideal: todas carecem da "invisibilidade". Weiser explica, então, seu conceito de invisibilidade, e o porquê desta ser uma característica essencial em uma ferramenta. Não o se trata do objeto ser literalmente invisível, mas do fato de que seu propósito não gira em torno de vê-lo e sim do que ele proporciona, como no exemplo que deu sobre os óculos: claramente são visíveis, mas o foco de seu uso é justamente a capacidade de enxergar que eles dão. Deste modo, sua presença não é algo que afete sua usabilidade.

O ponto do autor é que nossa relação com computadores é muito diferente de nossa relação com outros objetos, justamente por essa visibilidade. O computador não se passa de simplesmente uma ferramenta que facilita nossa vida: nossa vida gira em torno deles, tornando sua usabilidade algo que, apesar de desejável, interfere significativamente no nosso dia a dia.

Weiser critica como os avanços tecnológicos, ao invés de promover essa ideia de invisibilidade, só estão tornando essa presença dos computadores mais forte em nossas vidas. Explica, então, os defeitos nos seus exemplos citados acima. Um deles, a realidade virtual: é como se estivessem, com os computadores, criando uma realidade paralela à nossa. ao invés de criar algo que agregue à nossa. O problema de interface está sendo resolvido no ato de fazer os humanos imergirem completamente nela, não no ato de melhorá-la para se adequar ao nosso mundo.

Com este e os outros exemplos, o autor mostra como essa "troca de papéis" (o humano se adequando à máquina e não vice-versa) tira totalmente o fator da invisibilidade. Algo que tem potencial para ser totalmente benéfico tem fatores debilitantes. Daí o título "O Mundo Não É Um Desktop": não é e nunca deve ser.

O autor propõe, enfim, que a metáfora para a tecnologia invisível seja a infância: uma base, um constante aprendizado que nos é útil mas não constantemente fisicamente presente em nossas vidas.


Em certas partes, achei o autor meio extremo, mas vale lembrar que o texto é de 2006 e há uma possibilidade de que a previsão das pessoas para a tecnologia do futuro nessa época tenha sido consideravelmente diferente. Num geral, entendo e concordo com muitos de seus pontos. Afinal, atualmente tudo gira em torno da tecnologia e é bem possível que estejamos nos adequando a ela.

Mas até que ponto podemos manter esses avanços meramente subjetivos sem ficarmos estagnados em um ponto sem avanço significante? Ou o avanço significante seria justamnte a capacidade de incrementar toda essa complexidade da invisibilidade em algo que atualmente tem uma presença extremamente "pesada"? (Sinceramente, só fico mais e mais confusa quando tento me posicionar então deixo por aqui).


10 views0 comments

Recent Posts

See All

G2 - Ideias

Comments


bottom of page